

A planta
Conium maculatum L., conhecida como “Cicuta”[6], é uma espécie de plantas bienais pertencente à família Apiaceae. Conium deriva do grego konas, que significa “girar, rodopiar”, referindo-se à sensação de vertigem (devido à ataxia, aos tremores e às convulsões) característica da intoxicação por esta planta. Maculatum é uma palavra do latim que significa “manchado, pintalgado”, referindo-se às manchas púrpuras ou vermelho-acastanhadas existentes nos pecíolos e nas hastes da planta.[4][5]
A raíz é longa, branca e carnuda, e raramente ramifica. O caule é ereto, ramificado, sem pelos, apresenta sulcos e é oco, exceto nos nódulos. As folhas são largas, ovais e rendadas, com 1-3 dm de comprimento. A planta apresenta ainda um odor característico.[4]
Toda a planta é venenosa, sendo as raízes e as sementes jovens as estruturas mais perigosas.[4]
A concentração de coniina e de coniceína parecem estar directamente relacionadas com a idade da planta. A primeira parece aumentar ao longo da vida da planta, enquanto que a segunda é maior no início do seu crescimento. No entanto, a planta é tóxica ao longo de toda a sua vida.[2]
É importante realçar que não se deve confundir o nome comum “Cicuta” (nome dado pelos Romanos à planta) com o género Cicuta spp., cujas espécies, apesar de pertencerem à família Apiaceae, não produzem os mesmos compostos e, como tal, possuem uma toxicidade diferente da Conium maculatum L.[4][7]
É nativa da Europa, no entanto adaptou-se ao ambiente da Ásia e da América, tendo sido introduzida nesta última como planta decorativa. Atualmente encontra-se muito disseminada, crescendo em climas temperados e geralmente abaixo dos 1500 m de altitude.[4]

Fig. 4 - Órgãos e estruturas de Conium maculatum L.