

História
A planta Conium maculatum L. já foi usada na preparação de uma bebida utilizada na execução de prisioneiros políticos e de inimigos na Grécia Antiga. Um caso paradigmático é o do filósofo Sócrates, que foi sentenciado à morte pela ingestão desta mesma bebida.[4][5] A descrição mais famosa dos efeitos finais da toxicidade da planta no ser humano provém de há 2400 anos atrás, por um dos observadores da morte do filósofo: “a pessoa que administrou o veneno foi ter com ele e examinou, durante algum tempo, os seus pés e as suas pernas e posteriormente apertou fortemente os seus pés e perguntou o que ele sentia. Sócrates respondeu que não sentia nada e disse que o efeito do veneno chegou ao coração, Sócrates partiria.”[2]
Nativos americanos usavam esta planta para revestir a ponta das flechas, assim como para tratar úlceras, tumores e gota.[5]
Foi também aplicada no tratamento de herpes, erisipelas, cancro da mama, vários tumores indolentes, inchaços e dores articulares.[4]
Chegou ainda a ser usada como antiespasmódico, analgésico e sedativo, recorrendo-se, para tal, aos frutos pulverizados, a chás ou a sementes jovens. As folhas secas e o sumo obtido da expressão da planta estiveram presentes nas Farmacopeias de Londres e Edimburgo entre 1864 e 1898, sendo que o último reconhecimento medicinal oficial data de 1934, no “British Pharmaceutical Codex”.[4]

Fig. 3 - A morte de Sócrates.